Mancha vermelha: Jailson Paixão e a missão pelo Boi de Ribamar e a cultura ribamarense

“Eu entrei na luta foi pra vencer
Contrário não vai segurar a Mancha Vermelha do Ribamar”

Não há o que simbolize a história do Bumba Meu Boi de Ribamar — e pela cultura do município em geral — mais do que os versos acima, da canção “Mancha Vermelha”. (Mais após a imagem)

Presidente do grupo folcórico há três anos, Jailson Paixão é personagem de uma fase de crescimento do grupo de bumba meu boi — hoje, um dos principais pilares da cultura do Maranhão. (Mais após a imagem)

 

 

Nos últimos três anos em tem sido presidente da associação folclórica, Jailson destaca melhorias como ampliação do número de vestimentas: de dez para vinte roupas de índios e de seis roupas de pena para doze, além de uma nova indumentária para o boi.

História

O Boi de Ribamar foi fundado em 1976 — no Colégio Dr. Paulo Ramos — por um grupo de entusiastas do sotaque de matraca. A ideia de montar o grupo surgiu de maneira inusitada: durante uma partida de jogo de dominó.

Ao longo de quase 50 anos, o Boi de Ribamar se consolidou com performances participativas que atraem e arrastam multidões, selando ícones de cartões postais maranhenses: as largas penas dançantes, os tambores onça, os pandeirões erguidos – e claro, a tempestade sonora das matracas.

Além dessas marcas registradas, Jailson Paixão destaca a “impressão digital” do grupo: a cor vermelha.

Personalizamos muito forte a cor. Aonde o Boi de Ribamar chegasse, a Mancha Vermelha chegaria.

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Porém, segundo o mais recente presidente da associação folclórica, o Boi de Ribamar precisa ser mais valorizado, apesar de formar um épico cultural em todo mês de junho.

“Somos parte da cultura do Maranhão e não há um vereador sequer lutando por nossa cultura. Ficamos ao Deus dará e precisamos de um representante que brigue pelo nosso bumba meu boi, por nossas brincadeiras folclóricas. Precisamos de políticos defendendo a nossa bandeira cultural.”

Jailson Paixão agora engaja na política – no intuito de buscar recursos pelo incentivo nos arraiais de Ribamar, tentando parceria com a Prefeitura e com a Câmara. No período eleitoral, ele será substituído pela vice-presidente, Flor Santana.

Em 2024, a chama avermelhada da tradição ardeu com força: em 2024, a programação junina do Boi de Ribamar encerrou com chave de ouro com a realização do Arrastão, no dia 7 de julho. O grupo também viveu mais ciclo no Festejo de São Marçal, na avenida homônima do bairro João Paulo, em São Luís. O tradicional Lava-Bois — em sua 70ª edição — foi realizado nos dias 8 e 9 de julho, no Parque Terezinha Jansen, em São José de Ribamar.

2024 é um ano especial para o boi de Ribamar: o cantador Chagas completa 35 anos como uma das vozes do grupo. Ele é um de três intérpretes, junto com Honny e Cecel.

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Marcha

Não à toa apelidado de “Grandalhão” pelo saudoso Humberto de Maracanã, o Boi de Ribamar compõe, dessa forma, uma recente e preciosa memória de Jailson Paixão:

Minha lembrança mais marcante foi em 2022, quando a gente atravessou a Ponte José Sarney com uma multidão atrás de nós, abrindo o São João do Maranhão naquele ano,

recorda o presidente, sobre a episódica marcha formada na Ponte do São Francisco há dois anos. (Mais após a imagem)

As melhorias mencionadas por Jailson Paixão refletem o excelente trabalho do presidente da administração atual, ao longo dos últimos dois anos e meio – e contribuem para manter viva a chama de um dos protagonistas da história e da cultura do Maranhão.

Por Henrique Kenar

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